Dia Internacional da Mulher: 13 mulheres importantes na história

Dia Internacional da Mulher é comemorado neste 8 de março, como ocorre anualmente há mais de um século. E, como em outras ocasiões, o Google decidiu comemorar a data com um doodle que homenageia 13 pioneiras “que desbravaram o caminho para que pudéssemos chegar aonde estamos hoje”, segundo a empresa. A protagonista da imagem é uma menina que viaja no tempo enquanto sua avó, antes de irem para a cama, lhe conta as histórias vividas ao longo da história por estas incríveis mulheres do mundo todo: de pintoras a médicas, passando por astronautas e inventoras. 
Não é a primeira vez que o Google cria um doodle para comemorar o Dia da Mulher, mas neste ano a diferença foi a decisão de selecionar 13 mulheres, já homenageadas anteriormente em seus respectivos países por se destacarem em algum campo ou profissão. Para explicar a relevância delas em nível internacional, o buscador menciona os feitos de cada uma dessas protagonistas. E como aqui no FORMIGA ATÔMICA a mulher tem seu espaço reservado, decidimos postar aqui alguns detalhes sobre estas mulheres maravilhosas que fizeram e ainda fazem história.

Entre as homenageadas mais célebres podemos encontrar a pintora mexicana Frida Kahlo, cuja vida foi marcada pela dor e a tragédia em decorrência de um acidente aos 18 anos. Kahlo teve a coluna vertebral e a pélvis destroçadas, ficou impossibilitada de ter filhos e sofreu sequelas que a obrigaram a passar por diversas cirurgias, com dores que a acompanharam pelo resto da sua vida. Em meio a isso, começou a pintar. Frida é recordada como uma mulher valente e forte, o que não a impediu de expressar suas dores e angústias através da arte. O autorretrato foi não só o seu estilo e sua maneira de expressar o que sofria, mas também uma ruptura com a imagem feminina bem cuidada: representava-se sem tentar dissimular as fartas sobrancelhas e o ligeiro bigode.

Após Frida, aparece a homenagem a Lina Bo Bardi, nascida na Itália em 1914 e que passou grande parte de sua vida no Brasil. Neste país ela se tornou uma das arquitetas mais admiradas do mundo, deixando-nos alguns dos edifícios mais célebres do Brasil, como o do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
A Argentina Cecilia Grierson, nascida em 1859, é outra das protagonistas deste doodle, destacando-se por ser a primeira mulher a obter um diploma de medicina em seu país. Além de médica, Grierson também se dedicou ao ativismo, foi inventora e reformista.
Reunindo personalidades de todas as nacionalidades e especialidades, este Dia Internacional da Mulher evoca os grandes feitos de mulheres de todo o mundo. Por exemplo, Lotfia el Nadi, a primeira piloto egípcia da história. Com apenas 26 anos, e apesar da oposição paterna, conseguiu se matricular na escola de aviação e obteve o brevê. Após seu primeiro voo, entre as cidades do Cairo e Alexandria, declarou que “aprendeu a voar porque amava ser livre”. 

Aparecem também a arqueóloga turca Halet Çambel, primeira mulher muçulmana disputar Jogos Olímpicos (Berlim 1936), e a soviética Olga Skorokhodova, que dedicou sua vida ao desenvolvimento da educação de pessoas cegas e surdas, após ela mesma perder a visão e a audição devido a uma meningite.
Outra das pioneiras homenageadas pelo Google neste Dia da Mulher de 2017 é a astronauta norte-americana Sally Ride, primeira mulher do seu país a viajar ao espaço. Ela apresentou sua candidatura à NASA depois de ficar sabendo pela imprensa que a agência espacial iria contratar novos astronautas.

E do espaço para o esporte: a francesa Suzanne Lenglen se tornou a campeã de tênis mais jovem do circuito profissional e, graças à sua influência na mídia, conseguiu que o tênis deixasse de ser uma atividade minoritária. Desde 1997, a segunda quadra do estádio de Roland Garros leva seu nome. 
Provavelmente, de todas as conquistas das mulheres nos últimos 100 anos o direito ao voto seja uma das mais importantes. Por isso não poderia faltar uma sufragista nesta homenagem: a afro-americana Ida Wells-Barnett, cofundadora da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor, se dedicou à defesa dos direitos civis e, mais especificamente, ao apoio aos direitos das mulheres. Uma de suas ações no movimento sufragista foi a oposição à ideia de que negros e brancos fossem segregados em razão do sexo.
A inglesa Ada Lovelace, outra das pioneiras homenageadas neste Dia da Mulher, foi a primeira pessoa a ser programadora no mundo da computação, até mesmo antes da fabricação do primeiro computador. Lovelace se deu conta de que um computador poderia chegar a representar não apenas números, mas também entidades genéricas como palavras ou notas musicais. 
Talvez pouco conhecida fora das fronteiras da Coreia, Lee Tai-Young se tornou a primeira mulher que se dedicou à advocacia de modo profissional entre os coreanos, chegando a ser a primeira mulher a ostentar o cargo de juiz no país e ajudando as mulheres a melhorarem seu status jurídico naquela época.
No campo da música, o Google optou por reconhecer o trabalho da cantora e ativista sul-africana Miriam Makeba, que se tornou, graças ao seu talento musical, uma das artistas mais consagradas em seu país no final da década de cinquenta. A perseguição que sofria na África do Sul por causa do apartheid, porém, a levou a emigrar para os Estados Unidos.
E, por fim, se destaca o papel desempenhado pela bailarina e coreógrafa indiana Rukimini Devi, que popularizou o Bharata Natyam, uma dança tradicional de seu país. Ela e o marido criaram a Academia Kalakshetra de música e dança na cidade de Chenai, no sul da Índia, em 1936.

A primeira comemoração do Dia da Mulher aconteceu em 1911 em alguns países europeus, como Alemanha e Dinamarca, depois de vários acontecimentos que trouxeram à tona as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelas mulheres. Um dos episódios mais simbólicos, embora não tenha sido o único, ocorreu em 25 de março de 1911, quando 149 pessoas, em sua maioria mulheres, morreram em um incêndio da fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York. Mais de vinte anos depois, em 1936, a Espanha também aderiu a essa comemoração, mas foi somente a partir de 1977 que ela se ampliou para o restante do mundo. Naquele ano, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o dia 8 de março como o Dia Internacional pelos Direitos da Mulher e pela Paz Internacional.


Fonte: Google